Singapura e Zurique no topo: as cidades mais caras do mundo em 2023

A crise global do custo de vida, persistindo desde 2022, continua a impactar a população mundial em 2023, mantendo a inflação em níveis elevados. De acordo com a Economist Intelligence Unit (EIU), houve um aumento médio de 7,4% nos preços de 200 produtos e serviços no ano passado, uma pequena queda em comparação aos 8,1% de 2022, mas ainda bem acima da média de 2,9% dos cinco anos anteriores.

Em 2023, Singapura e Zurique emergiram como as cidades mais caras do mundo, segundo a pesquisa da EIU. Singapura já foi classificada como o lugar mais caro para se viver em nove dos últimos onze anos, enquanto Zurique, que subiu cinco posições desde 2022, já alcançou o primeiro lugar em 2020 e frequentemente figura entre as dez primeiras.

A lista das cidades mais caras de 2023 inclui:

  1. Zurique (Suíça)
  2. Singapura
  3. Genebra (Suíça)
  4. Nova York (EUA)
  5. Hong Kong
  6. Los Angeles (EUA)
  7. Paris (França)
  8. Tel Aviv (Israel)
  9. Copenhague (Dinamarca)
  10. São Francisco (EUA)

A valorização de mais de 10% do franco suíço em relação ao dólar é um dos fatores principais para a ascensão de Zurique no ranking. Em Singapura, itens como alimentos, bebidas alcoólicas e roupas possuem preços elevados, além do alto custo para a aquisição de um certificado necessário para ter um carro.

Cidades da Europa Ocidental, como Copenhague, Dublin e Viena, ocupam metade dos 20 primeiros lugares, impulsionadas pelo aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu para conter a alta inflação.

As cidades da América do Norte, incluindo Nova York, caíram no ranking em 2023. Santiago de Queretaro e Aguascalientes, no México, e San José, na Costa Rica, foram as cidades que mais subiram no ranking.

Pequim e outras três cidades chinesas estão entre as que mais caíram, afetadas pela desvalorização do yuan e pela lenta recuperação econômica da China pós-pandemia. Moscou e São Petersburgo, na Rússia, sofreram as maiores quedas devido ao colapso do rublo frente ao dólar e às sanções ocidentais.

Para 2024, a EIU prevê que as taxas de juro permanecerão elevadas nos primeiros meses do ano, limitando o crescimento econômico global. Os preços da energia podem subir se o conflito entre Israel e o Hamas se intensificar, e o fenômeno El Niño pode elevar os preços dos alimentos, mantendo a inflação em destaque no novo ano.

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