Réu acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco nega participação e minimiza relação com coacusado Élcio de Queiroz

O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, prestou depoimento à 4ª Vara Criminal da Capital nesta sexta-feira. Ele negou sua participação nos assassinatos e refutou as alegações feitas por Élcio de Queiroz, ex-policial militar que confessou ter dirigido o carro usado no ataque.

Maxwell, que está preso em Brasília, participou da audiência por videoconferência. Ele é apontado como integrante de uma organização criminosa que explorava serviços ilegais em Rocha Miranda. Durante o interrogatório, negou ser amigo de Élcio de Queiroz, afirmando que a relação entre os dois era de “curtição e bebedeira”. Ele explicou que costumava encontrar Élcio e Ronnie Lessa, outro acusado no caso, em bares da Barra da Tijuca.

Élcio de Queiroz mencionou Maxwell em sua delação premiada à Polícia Federal, alegando que Suel ajudou a monitorar os passos de Marielle e participou da troca de placas do veículo usado no assassinato. Maxwell refutou essas alegações, negando envolvimento nos crimes e afirmando que sua relação com Élcio era apenas casual.

Durante o depoimento, a defesa de Maxwell solicitou uma acareação entre ele e Élcio para esclarecer pontos da delação. O ex-bombeiro afirmou que as acusações feitas por Élcio eram “tudo inverdade”. Maxwell está em prisão preventiva, e a data do julgamento ainda não foi definida.

O caso Marielle Franco e Anderson Gomes continua sendo investigado para identificar o mandante do crime. Além de Maxwell, são acusados os ex-PMs Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, que estão presos. O julgamento dos dois será realizado pelo Tribunal do Júri, sem data definida.

Relembre o caso: Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros no Rio de Janeiro. O crime gerou grande comoção e levantou questionamentos sobre violência política e corrupção. O caso continua sendo investigado para esclarecer os detalhes do assassinato e identificar os responsáveis.

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