Plenário da Alerj mantém mandato da deputada Lucinha

O plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) acatou, por maioria absoluta, a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e optou por manter o mandato da deputada Lucinha (PSD), anteriormente afastada pela Justiça em relação a possíveis vínculos com a maior milícia da Zona Oeste.

Com 64 votos registrados, 52 parlamentares se posicionaram a favor, enquanto 12 foram contrários.

Com a determinação, Lucinha recupera suas atividades na Casa, porém, enfrentará um processo no Conselho de Ética, conforme anunciado pelo relator do caso e presidente da CCJ, Rodrigo Amorim (PTB).

“Embora a deputada Lucinha não seja ré, as acusações são graves. Não podemos interferir em uma decisão judicial. Nossa competência se limita a afastar ou não, e estamos mantendo a prerrogativa do parlamento. Imediatamente, iremos iniciar um processo ético-disciplinar contra a deputada no Conselho de Ética, o qual pode, inclusive, resultar na cassação do mandato”, afirmou Amorim a imprensa.

Um grupo de parlamentares do PT, Psol e PSB, liderados por Carlos Minc, propôs uma emenda visando estabelecer um prazo de 120 dias para o afastamento temporário de Lucinha, adiando assim a discussão. Entretanto, a emenda foi rejeitada.

“Ficou a impressão de que estamos aproveitando a situação alheia, mas estamos defendendo a suspensão por um período definido. Isso possibilitaria a análise do inquérito e garantiria o direito de todos ao acesso ao que os membros da CCJ tiveram acesso”, argumentou a deputada Verônica Lima ao defender a suspensão temporária.

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