MPE pede cassação de Cláudio Castro

O Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou, nesta quarta-feira, a cassação da chapa do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de seu vice, Thiago Pampolha, devido a acusações de ilícitos eleitorais ligados ao financiamento de iniciativas da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 2022.

O órgão também apoiou a decretação da inelegibilidade de Castro, Pampolha e do ex-presidente da Fundação Ceperj, Gabriel Rodrigues Lopes, até 2030. As alegações incluem mais de 20 mil contratações temporárias sem seleção pública.

O governo do Rio respondeu, afirmando confiança na Justiça Eleitoral e destacando a importância da decisão dos eleitores, que elegeram Castro em primeiro turno.

A manifestação do MPE, assinada pelas procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, enfatiza o abuso de poder político e econômico, além de práticas proibidas durante o período eleitoral.

Segundo o MPE, a gestão de Castro se valeu de recursos públicos para favorecer sua campanha e angariar votos, em detrimento do interesse coletivo.

A investigação revelou um esquema de contratações temporárias e acordos de cooperação técnica sem necessidade comprovada, além do uso indevido de verbas públicas em benefício da campanha eleitoral de Castro.

O caso veio à tona após o escândalo dos cargos secretos e saques em dinheiro por funcionários da Ceperj, com investigações indicando o uso político das contratações e a expansão orçamentária da fundação para facilitar ações sociais com motivações eleitorais.

O aumento exponencial dos gastos públicos e as irregularidades em contratações também afetaram a Uerj, levantando suspeitas de má administração de recursos estaduais.

A situação provocou auditorias do Tribunal de Contas do Estado, que identificaram possíveis danos ao erário e práticas similares às da Ceperj em projetos da Uerj, apesar das negativas de irregularidades por parte da universidade.

Com informações do Globo

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