Moradores de Copacabana se organizam em grupos de vigilância após onda de assaltos com agressões

Comunidade busca alternativas diante da sensação de insegurança crescente no bairro

Diante de uma série de casos de assaltos com agressões físicas ocorridos nas últimas semanas, moradores de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, estão se unindo em grupos de vigilância. O objetivo é restaurar um senso de segurança na comunidade, que tem sofrido com a crescente onda de crimes. Vídeos recentes mostraram esses grupos em ação, supostamente confrontando jovens suspeitos de roubo.

A Polícia Civil emitiu uma nota oficial declarando estar ciente da situação e conduzindo investigações para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos.

Um dos incidentes que desencadeou a formação desses grupos ocorreu no último domingo, quando o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens. Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima levou um soco no rosto e desmaiou enquanto tentava defender uma mulher de um assalto. Benchimol está se recuperando.

Em outro episódio lamentável em 19 de novembro, um fã da cantora Taylor Swift foi vítima de latrocínio nas areias da praia de Copacabana. Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, foi assassinado em um roubo. Dois dos três suspeitos do crime haviam sido presos por furto e soltos em uma audiência de custódia apenas horas antes do incidente.

Nas redes sociais, defensores da “justiça com as próprias mãos” alegam que os moradores estão desprotegidos nas ruas e incentivam a formação desses grupos de vigilância.

Um morador de Copacabana propôs a criação de um “grupo de Whatsapp gigante” para formar pelotões de acordo com a disponibilidade dos membros, com o objetivo de “restaurar a ordem em Copacabana”. Ele enfatizou que a intenção não é promover violência indiscriminada, mas sim mostrar que a comunidade está unida na busca pela segurança.

Outro morador influente, o professor de jiu-jitsu Fernando Pinduka, pediu o apoio das academias e lutadores locais para o que ele chamou de “limpeza” em Copacabana, em sua página no Facebook. Muitos apoiaram a ideia, destacando a importância de um esforço conjunto para restaurar a segurança na área.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram grupos nas ruas com pedaços de madeira durante a noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira. Em um dos vídeos, um adolescente é cercado por um grupo após supostamente roubar uma bicicleta de um condomínio. Em outro vídeo, um jovem é agredido com um pedaço de madeira, com a alegação de que estava envolvido em roubos.

A Polícia Militar divulgou uma nota afirmando que suas equipes estão atuando nas ruas e prenderão qualquer pessoa envolvida em crimes na região. A corporação também destacou seus esforços contínuos para reduzir os índices criminais, incluindo furtos a estabelecimentos comerciais e a pessoas na área de Copacabana.

A comunidade de Copacabana continua a enfrentar desafios de segurança, e os moradores estão buscando maneiras de se proteger e restaurar a tranquilidade no bairro. A situação permanece em constante evolução, com as autoridades locais monitorando de perto os desenvolvimentos.

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