Líder do tráfico retorna ao Rio após 4 anos em Presídio Federal

O traficante Luis Claudio Machado, conhecido como Marreta e um dos líderes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, retornou ao estado após cumprir quatro anos de pena na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Sua transferência para o Presídio Bangu 1, localizado em Gericinó, na Zona Oeste do Rio, ocorreu no último sábado. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio não forneceu detalhes sobre a operação.

Marreta é conhecido por sua participação em confrontos com as forças policiais e ataques às sedes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs). Ele foi preso em dezembro de 2014 no Paraguai pela Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança, com o apoio da Polícia Federal e da Secretaria Nacional Anti Drogas do Paraguai (SENAD/PY). Marreta coordenava, a partir do Paraguai, as atividades da organização criminosa, incluindo a distribuição de armas e drogas nas comunidades sob controle da facção.

A prisão de Marreta ocorreu em uma casa de luxo no bairro Ykua Sati, na cidade de Assunção, Paraguai. Durante a operação policial, o criminoso tentou fugir pulando do segundo andar da residência e um muro divisório de mais de 2 metros de altura nos fundos do imóvel. No entanto, ele foi capturado enquanto tentava se esconder em uma residência vizinha.

Na casa onde Marreta foi detido, as autoridades encontraram um cofre contendo dólares, reais e guaranis (moeda paraguaia), bem como um DVD do filme “Tropa de Elite”. Além de Marreta, no local estavam presentes duas mulheres e uma criança, conforme identificado pelo Setor de Imigração Paraguaio.

Nesta terça-feira, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, criticou a decisão judicial de transferir Marreta de um presídio federal para o Rio de Janeiro, considerando o contexto delicado que o Brasil enfrenta. Capelli expressou sua preocupação em uma rede social.

Rogério Avelino de Souza, conhecido como Rogério 157 e chefe do tráfico na favela da Rocinha, também recebeu autorização judicial para retornar ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Ele estava cumprindo pena em um presídio federal de segurança máxima em Rondônia desde 2018. A decisão de transferência foi baseada em um pedido da defesa de Rogério 157, que foi aceito por unanimidade pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após a Polícia Civil solicitar a manutenção da prisão do criminoso em um presídio federal.

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