Investigação urgente: PF procura responsável por falsa filição de Lula ao PL

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acionou a Polícia Federal (PF) para investigar um caso incomum: a filiação falsa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro. Lula, um nome proeminente do Partido dos Trabalhadores (PT), teve seus dados utilizados indevidamente para essa filiação irregular, ocorrida enquanto estava oficialmente desvinculado do PT desde 15 de julho de 2023.

A investigação foi iniciada após a identificação de que a filiação ao PL ocorreu sob circunstâncias suspeitas. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, prontamente determinou a apuração pela PF, ao observar indícios de crime envolvendo a inserção de dados falsos no sistema eleitoral. O TSE destacou a existência de claros indícios de falsidade ideológica e reestabeleceu formalmente o vínculo de Lula com o PT.

A análise interna do TSE excluiu a possibilidade de falhas no sistema ou ataques externos, apontando para o uso de credenciais válidas para registro da filiação. O login da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, vinculada ao PL, foi identificado como responsável pela ação. Ela, no entanto, não comentou o caso. Valdemar Costa Neto, do PL, minimizou o incidente, sugerindo a possibilidade de atuação de hackers.

O TSE observou que o login da advogada realizou mais de 75 mil ações no sistema, indicando que os dados podem estar sendo usados por várias pessoas ou até por sistemas automatizados. O procedimento padrão para filiações partidárias envolve a inserção de informações dos membros pelos partidos no sistema Filia do TSE.

A Idatha, empresa contratada pelo PL para gerenciar dados partidários no Sistema FILIA, afirmou que todo o processo de filiação é registrado e disponível para verificação, e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.

Este caso se soma a outros incidentes onde personalidades públicas foram alvo de tentativas de filiação em partidos adversários, como o ministro Augusto Heleno e o vereador Carlos Bolsonaro em 2020, embora tais tentativas não tenham se concretizado.

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