Inepac tomba provisoriamente Casa da Morte em  Petrópolis

A Casa da Morte em Petrópolis-RJ, conhecida por ter sido um centro clandestino de torturas e assassinatos durante a década de 1970, na Ditadura Militar no Brasil, foi tombada provisoriamente pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), com o apoio do Grupo Pró-Memorial Casa da Morte, que pretende transformar o local em centro de memória, aberto ao público.

O tombamento provisório, já publicado no Diário Oficial do Estado, impede a demolição e alteração arquitetônica da casa, localizada da Rua Arthur Barbosa 50, bairro do Caxambu. Na justificativa, o Inepac alegou que o imóvel é “lugar de referência para a memória, identidade e história da sociedade fluminense, a partir do entendimento técnico e conceitual de que a edificação detém significado essencial para a preservação de memória traumática que a população fluminense não quer esquecer”.

Argumenta ainda o Inepac: “Não por seu valor estético ou artístico, mas pelo seu valor memorial e histórico, que é também simbólico, no passado, nos dias de hoje e para o futuro: para que não se esqueça das atrocidades cometidas contra a vida humana”.

Museu da Memória e da Verdade

No início do ano, a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB-RJ) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) para transformar a Casa da Morte em um Museu da Memória e da Verdade.

“Não podemos esquecer do que ocorreu naquele local”, diz Dani Balbi.

O projeto de lei defende que a Casa da Morte seja transformada em um centro de memória e de pesquisas sobre a ditadura militar.

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