Herdeiros da cúpula do Jogo do Bicho do Rio dominam Carnaval com fichas limpas

Os descendentes dos grandes bicheiros do Rio de Janeiro têm conquistado o cenário do carnaval carioca, trilhando uma jornada ascendente nas escolas de samba.

Ao longo da última década, filhos e netos dos maiores nomes do jogo do bicho têm ascendido a cargos de liderança, moldando o rumo da folia com investimentos substanciais.

Marcelo Calil Petrus Filho, conhecido como Marcelinho Calil e neto de Antônio Petrus Kalil, o Turcão, falecido em 2019, assumiu a presidência da Viradouro em 2017.

Sob sua liderança, a escola ascendeu ao Grupo Especial, venceu o carnaval de 2020 e tem mantido um desempenho destacado desde então.

Cátia Drumond, filha de Luizinho Drumond, sucedeu seu pai como presidente da Imperatriz Leopoldinense após sua morte em 2020. Seu filho, João Felipe, já ocupa um papel de destaque na direção executiva da escola.

Luiz Guimarães, filho de Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, assumiu a presidência da Vila Isabel em 2023, aos 24 anos, conquistando o terceiro lugar em seu primeiro ano no cargo.

Seu pai está em prisão domiciliar desde dezembro, enfrentando acusações relacionadas ao assassinato de um pastor.

Gabriel David, filho de Anísio Abrahão David, tem sido uma figura influente nos bastidores da Beija-Flor, ocupando um papel prático no dia a dia da escola, enquanto Almir Reis, ex-policial militar e próximo da família David, atualmente ocupa o cargo de presidente.

Enquanto alguns herdeiros prosperam no carnaval, outros enfrentam desafios legais.

Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade e patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, reduziu seus investimentos na escola nos últimos anos, resultando em dificuldades financeiras e uma classificação abaixo do esperado em 2023.

Andrade enfrenta acusações de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Os bicheiros mencionados foram condenados por formação de quadrilha em 1993, mas acabaram sendo libertados após decisões dos Tribunais Superiores.

Em 2007, a cúpula do jogo do bicho foi novamente alvo de prisões durante a Operação Furacão da Polícia Federal, que revelou conexões entre contraventores, magistrados e agentes policiais.

Com informações do Extra

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