Haddad retorna a Brasília para retomar articulação política após agenda internacional

Após uma série de compromissos em São Paulo e na Europa, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está de volta a Brasília.

Seu retorno coincide com um período de descontentamento expresso por parlamentares em relação à articulação política do governo e à dificuldade de acesso aos ministros. Haddad é conhecido na Esplanada dos Ministérios por sua acessibilidade.

Entre os principais itens da agenda do ministro está a análise da medida provisória (MP) nº 1.227/2024. A MP propõe compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e municípios com população de até 156 mil habitantes, limitando o uso de créditos tributários com o PIS/Cofins.

Estima-se que a medida possa gerar uma arrecadação adicional de até R$ 29,2 bilhões em 2024. No entanto, enfrenta resistência de setores industriais, com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) planejando ações jurídicas contra a implementação da MP.

Outro desafio iminente para Haddad é a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. Durante sua viagem, o governo encaminhou ao Congresso dois projetos de lei complementar que detalham a reforma.

A expectativa é que os projetos sejam aprovados na Câmara dos Deputados até julho, com o Senado previsto para analisar as medidas no segundo semestre. Existe a possibilidade de que a tramitação seja adiada para depois das eleições municipais, podendo se estender até 2025.

Além desses tópicos, Haddad também concentrará esforços em projetos relacionados à pauta ambiental, incluindo iniciativas sobre hidrogênio verde.

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