Geraldo Alckmin critica política monetária e destaca desafios para a economia Brasileira
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, expressou preocupações significativas com a política monetária atual do Brasil.
Segundo Alckmin, a alta constante da taxa Selic está prejudicando o crescimento econômico e impactando negativamente as contas públicas. “Não tem nada pior para a questão fiscal do que esse aumento contínuo da Selic.
Cada 1% a mais na taxa representa R$ 48 bilhões por ano em pagamento de juros. Isso é insustentável e precisa mudar”, declarou.
Alckmin também comentou sobre o programa Brasil Mais Produtivo, destacando o recente anúncio de um investimento de R$ 2 bilhões para acelerar a digitalização de micro, pequenas e médias empresas.
Ele ressaltou os desafios enfrentados pela economia em um cenário de juros altos e crescimento incerto, mas se mostrou otimista em relação às metas fiscais do governo.
Durante a entrevista, o vice-presidente reiterou a necessidade de uma reforma profunda nos organismos multilaterais, começando pela ONU, para enfrentar desafios como fome, pobreza e crise climática.
Alckmin criticou a manutenção de juros elevados, que segundo ele, “trava investimentos, dificulta o crédito e cria um ambiente de incerteza.”
Adicionalmente, Alckmin discutiu os planos para revitalizar a indústria nacional, com o objetivo de aumentar a digitalização das empresas e tornar a indústria brasileira mais competitiva no mercado internacional.
Ele também falou sobre a reforma tributária, defendendo a simplificação do sistema tributário para tornar o IVA mais competitivo e justo.
Finalmente, o vice-presidente abordou o impacto das mudanças climáticas na economia, especialmente relacionado à produção energética, e sugeriu a reintrodução do horário de verão como uma medida para economizar energia e reduzir os custos com o uso de termelétricas.
Alckmin concluiu reafirmando seu otimismo quanto ao cumprimento das metas fiscais, mas alertou sobre a necessidade de uma política monetária que favoreça o crescimento econômico de longo prazo.