Extrema direita barra criação de comitês de inclusão em órgãos públicos do Rio

Projeto da deputada Dani Balbi (PCdoB) visava a criação de comitês de equidade, diversidade e inclusão em todos os órgãos públicos do estado; extrema direita votou contra o projeto na sessão desta quarta-feira na Alerj.
Um projeto de lei que não parecia ser polêmico virou o alvo da fúria da extrema direita da Alerj nesta quarta-feira. Conforme o Projeto de Lei 375/23, de autoria da deputada Dani Balbi (PCdoB), os órgãos públicos vinculados ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo do Estado do Rio deveriam criar Comitês de Equidade, Diversidade e Inclusão.
De acordo com o projeto, os comitês terão a função de propor políticas e ações que minimizem ou eliminem as disparidades de gênero, raça e de outros grupos sub-representados encontradas no órgão. Os comitês também deverão manter uma radiografia permanente das desigualdades internas e acompanhar o desempenho das ações realizadas. A participação de funcionários nos comitês não será remunerada.
Dani Balbi ressaltou que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj) já criou uma comissão de diversidade em 2023. “A ideia deste projeto surgiu a partir dessa experiência da Faperj e também de outros comitês já formados em outras instituições localizadas no Rio de Janeiro, como a Fiocruz. A criação desses comitês pode permitir a integração institucional para a promoção de ações transversais”, explicou a parlamentar.
Apesar dos próprios órgãos públicos concordarem com a iniciativa, os deputados da extrema direita na Alerj apostaram no tumulto e na confusão para impedir a votação.
“Essas pessoas que dizem defender a família brasileira contribuem para a morte e assassinato das pessoas trans. Essas manobras podem atrasar passos, mas a batalha continuará”, declarou a deputada Dani Balbi.