Em Paraty, FLIP discute favelas, cidades e universidades

Encontro contou com Dani Balbi, André Fernandes, Luana Bonone e Ivana Bentes

Favelas, Cidades e Universidades foi o tema do último dia de debates promovidos pela Casa da Favela, na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

O auditório lotou para ouvir Luana Bonone, Dani Balbi, Ivana Bentes e André Fernandes.

“Eu sonhei com a Casa da Favela”, lembrou André Fernandes, fundador e diretor da Agência de Notícias das Favelas (ANF). Para Fernandes, a “a favela tem lugar na Flip, e vai estar em todas as casas, festas e feiras literárias do país.” Ele também lembrou que a edição especial do jornal A Voz da Favela é o maior impresso circulando na Flip, com 20 mil exemplares. 

Em seguida, Luana Bonone, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, reforçou que há “ciência em toda parte, e fortalecer uma cultura científica é fortalecer a diversidade.” 

Ivana Bentes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também abordou o tema da diversidade, e resumiu: “Universidade carrega a palavra cidade. Não tem quer seu uni, tem que ser pluriversidade.” 

Apesar do momento positivo das universidades, com a presença de favelados e negros, Ivana ressaltou que ainda há muitos muros a serem quebrados, quando, então, poderá acontecer o verdadeiro fluxo entre os conhecimentos da academia e do povão maravilhoso deste país. 

“Os processos de popularização e de enegrecimento da universidade pública questionam a função social da universidade”, avaliou a deputada Dani Balbi (PCdoB), na última fala da mesa. Ela lembrou que a extensão universitária sempre foi uma “trincheira dos resistentes”, e por isso, “não pode ser uma ilha, precisa de investimento.”

Fonte: ANF

Tagged: , , , , ,

Leave comment

Your email address will not be published. Required fields are marked with *.