Disputas políticas em Campos dos Goytacazes agravam crise orçamentária

Em Campos dos Goytacazes, a rivalidade política entre as famílias Garotinho e Bacellar tem intensificado uma crise orçamentária no maior município do interior do Rio. As disputas, que remontam ao século passado, continuam a influenciar a política local, afetando diretamente a administração de um orçamento de R$ 3 bilhões e quase 500 mil habitantes.

Wladimir Barros Assed Matheus, filho dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, é o atual prefeito de Campos e enfrenta oposição de Marcos da Silva Bacellar, irmão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar, e filho do ex-vereador Marcos Bacellar. Este conflito político tem levado a um impasse na Câmara de Vereadores, afetando a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), fundamental para a gestão financeira da cidade.

A LOA, que ainda não foi votada, impede a prefeitura de realizar pagamentos, apesar de haver dinheiro em caixa. A situação crítica levou Wladimir Garotinho a declarar Calamidade Financeira e recorrer à Justiça. Por sua vez, Marquinho Bacellar defende que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já aprovada, permite o uso de 1/12 do orçamento enquanto a LOA não é sancionada.

O prefeito acusa a Câmara, liderada por Bacellar, de evitar deliberadamente a votação da LOA em uma tentativa de inviabilizar o governo. Já Marquinho Bacellar alega que a demora na votação se deve à necessidade de discussão sobre reajustes para servidores e bolsas universitárias, bem como o adequado financiamento para serviços essenciais como saneamento básico.

Esta controvérsia política, que afeta a governança e a prestação de serviços essenciais, é um reflexo das tensões históricas entre as famílias Garotinho e Bacellar, com implicações significativas para o futuro político e econômico de Campos dos Goytacazes.

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