Chiquinho Brazão era secretário de Eduardo Paes na prefeitura do Rio até o mês passado

“Me causa náuseas dizer isso”, declarou a viúva de Marielle, vereadora Monica Benício (PSOL).

Em outubro de 2023, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), nomeou Chiquinho Brazão como Secretário Especial de Ação Comunitária do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o nome de Brazão já havia aparecido em diversas denúncias sobre o caso Marielle e sobre envolvimento com milícias.

A aliança de Paes com a família Brazão provocou reação da vereadora Monica Benício (PSOL), viúva de Marielle. Em uma sessão da Câmara Municipal em dezembro do ano passado, Monica criticou a nomeação de Chiquinho por Paes em meio às suspeitas de participação do clã no assassinato de Marielle.

“Eduardo Paes nomeou ninguém menos do que Chiquinho Brazão como seu secretário. Me causa náuseas dizer isso. E fez isso na mesma semana em que veio à público a notícia de que a Polícia Federal estava investigando e suspeitava do envolvimento da família Brazão no assassinato de minha esposa, Marielle Franco. Queria dizer que estou surpresa, mas estaria mentindo. Para se manter no poder, o atual prefeito já deixou nítido que vale tudo, até se aliar com quem ele mesmo responsabilizou pela destruição do Rio de Janeiro”, afirmou na tribuna.

Chiquinho Brazão permaneceu no cargo até fevereiro de 2024, quando pediu demissão.

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