Polícia encontra 30 vídeos de estupro de adolescente em Nova Iguaçu
Na última sexta-feira (3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou pelo menos 30 vídeos que documentam o estupro de uma adolescente de 15 anos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O material, que foi gravado e compartilhado, está sob investigação pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) da região.
O g1 apurou que os vídeos foram encontrados em um celular pertencente a um jovem de 16 anos. A vítima alega ter sido vítima de um estupro coletivo e acusa dois homens, de 20 e 22 anos, pelo abuso. A polícia está investigando se um menor também esteve envolvido no incidente. Até o momento da última atualização desta reportagem, nenhuma prisão havia sido realizada. No entanto, pelo menos dois telefones celulares de adolescentes de 16 e 17 anos foram apreendidos no âmbito da investigação.
Um dos rapazes mencionados pela adolescente como um dos autores do estupro classificou o ato como uma “brincadeira”. Este caso chocante tem gerado preocupação e indignação na comunidade local e em todo o país.
Transferência do caso Na segunda-feira (6), três adolescentes, com idades de 15, 16 e 17 anos, prestaram depoimento na 58ª DP (Posse) em relação ao incidente. Posteriormente, o caso foi transferido para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, onde será conduzido com maior foco na investigação de crimes de violência de gênero.
Durante o depoimento dos menores, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu para realizar um exame de corpo de delito, três dias após o ocorrido. De acordo com a delegada Mônica Areal, que ocupa o cargo de titular da Deam, a menina será ouvida novamente, desta vez na presença de uma profissional especializada em depoimentos de menores vítimas de violência sexual. O objetivo é assegurar que seu relato seja obtido com o máximo de cuidado e sensibilidade.
Ataques à vítima Na manhã desta terça-feira (7), uma das irmãs da vítima revelou que a adolescente está profundamente abalada e enfrentando ataques nas redes sociais. A jovem passou por uma experiência traumática ao ser vítima de abuso sexual após ser dopada, conforme relatado por sua irmã.
Aparentemente, a vítima está sofrendo não apenas com as consequências físicas e emocionais do ataque, mas também com a hostilidade nas redes sociais, onde está sendo alvo de críticas e ataques cruéis. Esta situação agravou ainda mais o sofrimento da adolescente e evidencia a importância de um tratamento cuidadoso das vítimas em casos de violência sexual.
A polícia segue trabalhando na investigação deste terrível incidente em Nova Iguaçu, buscando justiça e apoio para a vítima, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios em identificar e responsabilizar os envolvidos. A sociedade segue acompanhando este caso com grande preocupação, esperando que a justiça seja feita e que a adolescente receba o suporte necessário para se recuperar desse trauma.