Mauro Cid faz nova revelação bombástica em delação a PF
Em uma delação premiada reveladora, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, detalhou à Polícia Federal (PF) a existência de um plano golpista apoiado por um grupo de aliados radicais do ex-presidente.
O esquema incluía a formação de um “braço armado”, composto por Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, conforme informações do jornal O Globo.
Cid destacou que, durante o mandato de Bolsonaro, houve um aumento significativo no registro de novas armas para os CACs, com uma média de 691 registros diários, totalizando 904.858 novos registros em quatro anos.
O ex-ajudante mencionou ainda que o grupo radical pressionava por um decreto golpista, amparado por uma interpretação equivocada do artigo 142 da Constituição, que define o papel das Forças Armadas.
Além disso, Cid relatou tentativas de encontrar evidências de fraude nas urnas eletrônicas, pressionando o general Paulo Sérgio, então comandante do Exército, por uma atuação mais assertiva na Comissão de Transparência das Eleições.
Bolsonaro e seus aliados, incluindo os generais Eduardo Pazuello e Paulo Sérgio, buscavam validar denúncias infundadas de irregularidades no sistema eleitoral.
As reações às declarações de Cid foram variadas. Enquanto a assessoria de Pazuello optou pelo silêncio, a de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, prometeu se posicionar nos autos do processo.
A defesa de Paulo Sérgio assegurou a conduta correta e a inocência do ex-ministro da Defesa, expressando confiança na Justiça. Jair Bolsonaro está agendado para depor sobre as alegações de uma tentativa golpista na próxima quinta-feira, dia 22.
Crédito/Foto: Alan Santos/PR