Bolsonaro teve surto e está paranóico com a possibilidade de ser preso
Jair Bolsonaro (PL) viveu um Carnaval de cão em 2024. Segundo relatos colhidos por Bela Megale, do jornal O Globo, o clima de apreensão dominou o entorno de Bolsonaro, especialmente com a possibilidade crescente de enfrentar a prisão, uma preocupação intensificada após a detenção de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, por porte ilegal de arma e posse de uma pepita de ouro.
Fontes ligadas ao partido revelaram que Bolsonaro mostrou-se visivelmente abalado com a prisão de Costa Neto, um episódio que refletiu seu próprio estado de nervosismo quanto à possibilidade de ser detido.
Diante desse cenário, aliados próximos do ex-presidente intensificaram esforços para tranquilizá-lo, buscando conselhos e orientações no meio jurídico, incluindo contatos com membros do Supremo Tribunal Federal (STF), para avaliar o risco de prisão de Bolsonaro.
A tensão persistiu durante o feriado de Carnaval, sem indicações claras de que uma ordem de prisão contra Bolsonaro estivesse prestes a ser emitida.
Apenas na segunda-feira subsequente ao Carnaval, Bolsonaro começou a mostrar sinais de tranquilidade, especialmente em suas interações com membros e correligionários do PL.
Na tentativa de contrapor as ameaças jurídicas, Bolsonaro e seu círculo íntimo adotaram a estratégia de ressaltar sua popularidade, planejando participações em eventos públicos significativos.
Um exemplo é a manifestação que o próprio Bolsonaro convocou para o dia 25, a ser realizada na Avenida Paulista, em São Paulo.
A expectativa é de que o demonstrativo de apoio popular possa exercer influência sobre as decisões do Judiciário, sublinhando as potenciais consequências de uma eventual prisão do ex-presidente.
Contudo, observadores externos ao grupo bolsonarista avaliam que a participação em tais manifestações pode, paradoxalmente, aumentar o risco de prisão para Bolsonaro, destacando o delicado equilíbrio entre a mobilização popular e as implicações legais que tal envolvimento pode acarretar.