Cláudio Castro fecha Arquivo Público do Rio de Janeiro

Deputada Dani Balbi (PCdoB) pediu explicações ao governador; Aperj reúne arquivos sobre a ditadura militar

O governo do Rio de Janeiro anunciou na segunda-feira (06/01) o fechamento do Arquivo Público do Rio de Janeiro (Aperj), uma instituição que possui mais de 90 anos de história e guarda toda a documentação do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) desde os anos 1930, incluindo os registros do estado novo e depois da ditadura militar. Não há previsão para o retorno das atividades no prédio que fica na Praia de Botafogo, na Zona Sul do Rio. A denúncia partiu da jornalista Juliana Dal Piva, no ICL Notícias, e foi repercutida pelo jornalista Ancelmo Gois.

De acordo com a denúncia, o prédio do Aperj está em condições críticas e apresenta risco iminente de desabamento e incêndio. O sistema elétrico está obsoleto e o Corpo de Bombeiros não emitiu mais alvará de funcionamento.

“Essa situação é um absurdo, pois o Aperj tem uma importância enorme para a história, a memória e a verdade no Rio de Janeiro”, afirmou a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB) ao receber a denúncia.

Em ofício encaminhado para o governador Cláudio castro na tarde desta terça-feira (07/01), a deputada Dani Balbi pediu esclarecimentos sobre três aspectos:

  1. As razões do fechamento do APERJ, especialmente considerando a reforma recente.
  2. As medidas adotadas para corrigir os problemas apontados e garantir a reabertura do
    Arquivo.
  3. O prazo previsto para a reabertura e as alternativas para o acesso ao acervo durante esse
    período.

A documentação do Aperj sobre do Dops não está digitalizada. Em caso de destruição do prédio, todo o material pode ser perdido. A instituição guarda, por exemplo, os prontuários de presos políticos no Rio de Janeiro e todos os livros de registros de ocorrências existentes daquele período.

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