PF e Receita Federal faz operação contra empresários do Rio que devem 5 Bi em impostos
A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal do Brasil (RFB) desencadearam uma operação para combater um grupo de empresários que acumula uma dívida tributária de mais de R$ 5 bilhões com a União. A ação, denominada Operação Sucata, ocorre nesta quarta-feira, com agentes cumprindo 10 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do estado.
As investigações apontam que os empresários envolvidos criaram mais de 50 empresas, a maioria delas consideradas “fantasmas”, com o propósito de fraudar o pagamento de impostos. O nome da operação faz referência ao fato de que o grupo atua na produção de insumos para a indústria, especificamente a partir da reciclagem de sucata de alumínio e outros metais.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Penal Federal do Rio de Janeiro. Os endereços alvo da operação se encontram nos bairros de Campo Grande e Barra da Tijuca, ambos na Zona Oeste da capital.
Para garantir o pagamento da significativa dívida tributária, uma decisão judicial obtida pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional determinou o bloqueio de todos os bens dos envolvidos. Os bens incluem mais de 40 imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 38 milhões, além de mais de 120 veículos, incluindo carros de luxo, uma embarcação avaliada em R$ 14 milhões, além de outras lanchas. Os valores dos bens apreendidos serão usados para saldar a dívida tributária.
Os acusados enfrentam uma série de acusações, incluindo sonegação de impostos, associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas máximas podem resultar em até 23 anos de reclusão.
De acordo com a Receita Federal, o grupo empregou a estratégia de criar mais de 50 empresas “fantasmas” para escapar do pagamento de impostos. Essas empresas foram registradas em nome de terceiros, também conhecidos como “laranjas”, que agora acumulam as dívidas tributárias resultantes dessa atividade ilegal.
