Turistas pagarão tarifa ambiental para acessar praias do Rio

A partir de 2026, turistas pagarão tarifa ambiental para acessar Angra dos Reis e a Ilha Grande, medida que busca frear impactos crescentes sobre fauna e flora


A partir de 2026, quem visitar as praias de Angra dos Reis e da Ilha Grande, dois dos destinos mais procurados do litoral sul do Rio de Janeiro, precisará pagar uma taxa de preservação ambiental. A medida, que busca reforçar as ações de proteção da fauna e da flora locais, marca uma nova fase na gestão do turismo da região — que recebe cerca de 1,8 milhão de visitantes por ano.

Os valores definidos variam conforme o destino. Em Angra dos Reis, a tarifa será de R$ 47,50; já na Ilha Grande, reconhecida como patrimônio mundial da Unesco, o custo será de R$ 95. Segundo as prefeituras, a cobrança será implementada de forma gradual: ao longo de 2026, apenas 50% do valor total será exigido dos turistas, como etapa de transição.

A taxa dará direito à permanência por sete dias na localidade escolhida. Caso o visitante deseje estender a estadia além desse período, será necessário pagar novamente. As autoridades locais afirmam que os recursos arrecadados serão destinados à manutenção ambiental, ações de fiscalização e melhorias nas áreas mais pressionadas pelo fluxo turístico.

Quem ficará isento

A cobrança não valerá para todos. Além dos visitantes que já adquiriram pacotes turísticos até 31 de dezembro de 2025 — desde que a viagem ocorra até 31 de julho de 2026 —, outras categorias também estarão dispensadas do pagamento. Entre os isentos estão:

  • Moradores de Angra dos Reis e Ilha Grande
  • Parentes de moradores até segundo grau
  • Prestadores de serviço que atuam na região
  • Idosos
  • Crianças de até 12 anos

A administração municipal destaca que o objetivo não é afastar turistas, mas garantir que a alta demanda não comprometa as riquezas naturais que fazem da região um dos cartões-postais mais famosos do país. A aposta é que, com a nova taxa, Angra e Ilha Grande consigam equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

A medida, que já vinha sendo debatida há anos por ambientalistas e autoridades, agora entra em fase definitiva e deve alterar a dinâmica do turismo local. Entre críticas e elogios, a certeza é que 2026 marcará o início de uma nova etapa para dois dos destinos mais visitados do Rio de Janeiro.

Com informações de R7*

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