Trump ameaça impor tarifas a países do BRICS em tentativa de sustentar hegemonia do dólar
O presidente eleito dos Estados Unidos intensificou suas ações contra a formação de alternativas ao dólar, exigindo que os países membros do BRICS abandonem seus planos de desenvolver uma moeda conjunta.
Em declarações dadas neste sábado (30), o presidente eleito afirmou que qualquer país tentando substituir o dólar “deve dizer adeus aos Estados Unidos”, ameaçando impor tarifas comerciais de 100% contra essas nações.
Esta estratégia é vista como uma tentativa de manter a supremacia econômica americana, em um contexto onde os países do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — buscam maior autonomia econômica.
As iniciativas incluem a exploração de meios de pagamento alternativos e a potencial criação de uma moeda comum para transações intrabloco, visando reduzir a dependência do dólar.
O líder norte-americano, cuja postura tem sido consistentemente agressiva em questões comerciais, já indicou que suas políticas não se limitarão ao BRICS, sinalizando possíveis futuras tensões com a União Europeia e América Latina.
Esta abordagem tem levantado preocupações sobre o risco de uma guerra comercial generalizada, que poderia escalar para conflitos mais sérios, afetando cadeias de suprimentos globais e a segurança alimentar e energética mundial.
Especialistas observam que a motivação para estas ações decorre do crescente endividamento dos Estados Unidos, que atualmente excede 124,7% do seu PIB, e das disputas internas recorrentes sobre o teto da dívida.
Estes fatores contribuem para uma redução da confiança global na solvência dos EUA e estimulam movimentos de desdolarização.
Os países do BRICS têm discutido formas de cooperação econômica que fortaleçam a integração do bloco e promovam o desenvolvimento econômico autônomo.
A tentativa de impedir tais iniciativas por parte do governo americano é vista como uma afronta à soberania dessas nações, exigindo uma resposta firme para preservar o direito ao desenvolvimento independente e à autodeterminação econômica.