Tragédia na Barra: Irmão de deputada federal é assassinado
Na madrugada de quinta-feira (5) na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, um ataque brutal chocou a cidade. Três médicos foram vítimas de homicídio e um quarto médico ficou gravemente ferido em um episódio que ocorreu em um quiosque, com duração de menos de 30 segundos. As imagens das câmeras de segurança do estabelecimento registraram toda a ação, que se desenrolou à 0h59.
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Os criminosos, três indivíduos que chegaram em um veículo, desembarcaram rapidamente e avançaram em direção às vítimas, disparando pelo menos 33 tiros. No momento dos disparos, dois clientes que estavam sentados em uma mesa conseguiram escapar.
Uma das vítimas, o ortopedista Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e foi levado para o Hospital Lourenço Jorge, onde faleceu. Diego Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), fato que chamou a atenção para o caso.
O assassinato, que ocorreu sem que os criminosos levassem qualquer objeto das vítimas, levanta suspeitas de que se tratou de uma execução planejada. Testemunhas relataram que os atiradores não pronunciaram uma única palavra durante o ataque.
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur José Dian, analisando as imagens, afirmou que se tratou de uma execução sumária. No entanto, a motivação por trás desse ato violento permanece um mistério, e todas as hipóteses estão sendo consideradas pelas autoridades.
Embora a jurisdição natural do caso seja o Rio de Janeiro, a Polícia Civil de São Paulo enviou reforços, incluindo dois delegados e seis investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para auxiliar nas investigações. Outros doze agentes estão em São Paulo, realizando diligências para levantar informações sobre a vida pregressa das vítimas e reconstituir seus últimos passos antes de viajarem para o Rio de Janeiro.
Em uma coletiva de imprensa, a cúpula da polícia do Rio de Janeiro não divulgou detalhes específicos sobre as linhas de investigação, mas assegurou que o caso não ficará impune. O secretário estadual de Polícia Civil, delegado José Renato Torres, destacou a parceria com a Polícia Federal e expressou confiança de que o crime será solucionado.
O Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, no qual os médicos assassinados estavam participando, continuou apesar da tragédia. O evento ocorreu no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, e incluiu uma homenagem às vítimas, bem como ao médico Daniel Sonnewend Proença, que sobreviveu ao ataque e está hospitalizado.
O episódio trágico ressalta a urgência de abordar a violência no país e de proteger a vida de todos os cidadãos, independentemente de sua profissão ou status social. As investigações continuam em andamento, especialmente por envolver o irmão de uma deputada federal.