Rio de Janeiro implementará tratamento inovador para diabetes e obesidade em 2026

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, anunciou que a cidade iniciará um programa pioneiro de tratamento para pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade a partir de 2026.

Em uma entrevista à CNN Brasil, Soranz revelou que o tratamento utilizará o medicamento “Ozempic”, cujo princípio ativo é a semaglutida.

O plano é adquirir as primeiras 3 mil doses já em janeiro de 2026, marcando o início das ações que atendem a uma promessa de campanha do prefeito Eduardo Paes (PSD).

O programa se destaca não apenas pela introdução do medicamento, mas também por sua abordagem integrada de cuidados. Soranz enfatizou que o tratamento incluirá avaliações médicas detalhadas, acompanhamento contínuo e atividades físicas supervisionadas.

“Não estaremos apenas distribuindo Ozempic, mas sim promovendo um cuidado integrado contra a obesidade e o diabetes”, explicou o secretário. Essa estratégia visa garantir o uso responsável do medicamento e maximizar os benefícios para os pacientes.

Ozempic, conhecido globalmente por seu uso no tratamento da obesidade e do diabetes, tem demonstrado eficácia significativa.

A medicação funciona prolongando a sensação de saciedade e auxiliando no controle alimentar, o que é crucial no combate à obesidade, um dos principais desafios de saúde pública enfrentados pelo Rio de Janeiro. A obesidade é responsável por diversas doenças crônicas e reduz significativamente a expectativa de vida.

A cidade planeja viabilizar o programa por meio de negociações com quatro empresas fabricantes do medicamento. A patente do Ozempic atualmente pertence à Novo Nordisk, mas a expectativa é que a produção de um genérico brasileiro seja possível a partir de 2026, após o término da exclusividade.

Além disso, Soranz mencionou a possibilidade de expandir o alcance do programa através de cooperação com outras cidades e utilizando o poder de compra do Sistema Único de Saúde (SUS) para negociar preços mais acessíveis.

A introdução deste programa no Rio de Janeiro segue práticas adotadas em países como os Estados Unidos e várias nações europeias, onde o uso de semaglutida tem mostrado resultados positivos na gestão do diabetes e na redução de peso.

A iniciativa não apenas promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também aliviar a pressão sobre o sistema de saúde local, representando um avanço significativo nas políticas de saúde pública da cidade.

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