Real Time Big Data aponta Paes como favorito ao governo do RJ em 2026

O resultado sugere um eleitorado cansado de conflitos e buscando previsibilidade, lançando luz sobre os desafios e fragilidades das demais forças políticas rumo a 2026


O novo levantamento do instituto Real Time Big Data, divulgado nesta quarta-feira (3), reforça um movimento que já vinha sendo percebido nos bastidores da política fluminense: o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), desponta como principal nome na corrida pelo governo estadual em 2026. A pesquisa, realizada entre os dias 1º e 2 de dezembro com 1.500 entrevistados e margem de erro de três pontos percentuais, testou cinco cenários distintos — e em todos Paes lidera com folga.

A sondagem, que chega em um momento de crise institucional no estado e de desgaste de velhas estruturas políticas, indica que a população fluminense se mostra inclinada a apostar em nomes com experiência administrativa, deixando em segundo plano figuras associadas a escândalos, instabilidades ou ao bolsonarismo que marcou a última década.

Paes abre larga vantagem nos cenários

No primeiro cenário, Eduardo Paes aparece com expressivos 55% das intenções de voto. Bem atrás, Rodrigo Bacellar (União), atual presidente da Alerj, registra 14%, mesmo enfrentando turbulências políticas nas últimas semanas. Rafa Luz (Missão) e o médico Ítalo Marsili (Novo) empatam com 4% cada, enquanto o vereador William Siri (PSOL) soma 2%.

A distância permanece grande no segundo panorama: Paes marca 53%, Bacellar aparece com 13% e o ex-deputado federal Washington Reis (MDB) chega a 12%.

Disputa com nomes tradicionais

O terceiro cenário testa a força de Paes contra o ex-governador Anthony Garotinho (Republicanos). Mesmo com a entrada de uma figura historicamente conhecida no estado, o prefeito mantém maioria absoluta: 51% contra 15% de Garotinho. Bacellar fica com 13%, Ítalo Marsili e o Bombeiro Rafa têm 3% cada, e Siri permanece com 2%.

Confronto com ex-capitão do Bope

No quarto desenho, Paes aparece com 45%, enfrentando desta vez o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimental, que marca 15%. Washington Reis aparece com 11%, seguido por Bacellar com 10%. Ítalo Marsili soma 3%, e Bombeiro Rafa e William Siri ficam com 2%.

No quinto e último cenário, Paes mantém a dianteira com 44%, contra 14% de Pimental. Reis aparece com 9%, Bacellar com 8% e o ex-governador Wilson Witzel (sem partido) registra 7%. Ítalo Marsili tem 3%, enquanto Bombeiro Rafa e Siri somam 2% cada.

Rejeição também foi medida

Além das intenções de voto, o levantamento testou também a rejeição dos candidatos — um indicador importante para entender o potencial de crescimento ou estagnação de cada nome. Os dados, embora não detalhados na divulgação, ajudam a compor o cenário geral da disputa num estado que historicamente alterna entre administrações marcadas por crises, escândalos e breves períodos de estabilidade.

Um retrato do momento político fluminense

A leitura política dos números aponta para um esgotamento do eleitorado com projetos associados à insegurança, ao improviso e à política de confronto que marcou o Rio em anos recentes. A presença de Paes no topo de todos os cenários pode refletir o desejo de uma gestão mais estável, e menos dependente de discursos extremos. Ainda assim, o resultado também mostra fragmentação no campo adversário e a falta de nomes competitivos com propostas claras de reconstrução do estado.

Com um ano eleitoral que promete tensões entre grupos tradicionais, representantes das forças de segurança e candidaturas de perfil outsider, o levantamento do Real Time Big Data se torna um primeiro termômetro de como a população fluminense enxerga seus possíveis caminhos para 2026.

Com informações de CNN

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