Operação Conjunta da PF e MP Investiga Bens de Milícia de Rio das Pedras, Incluindo Frota de Blindados e Propriedade em Angra
Nesta quarta-feira, uma operação conjunta entre a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio, concentra-se na apreensão e sequestro dos bens pertencentes à milícia que opera em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Entre os itens apreendidos e confiscados estão uma frota de veículos blindados de luxo, embarcações e um imóvel de R$ 2 milhões localizado em Angra dos Reis, na Costa Verde. Até o momento, dez pessoas foram detidas ao longo de dois dias de operação.
Os resultados dessa ação incluem a apreensão de nove veículos de luxo, sendo cinco deles blindados, três pistolas e um revólver, além de R$ 31 mil em espécie. Três embarcações e um imóvel em Angra dos Reis foram confiscados pelas autoridades. De acordo com as investigações, uma das embarcações, avaliada em R$ 1 milhão, pertence a Celso Moura Ferreira, identificado como “lavador da milícia” e alvo de mandados de busca e apreensão.
A operação desta quarta-feira é uma continuação de uma ação iniciada no dia anterior, que visava desmantelar a cúpula da organização paramilitar atuante na região. Entre os detidos encontram-se Dalmir Pereira Barbosa, apontado como o líder da milícia, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir e considerado o braço-direito do pai no esquema, Emerson Portela Claudino (conhecido como Missinho) e Laerte Lima da Silva.
Segundo as investigações, Celso Moura Ferreira trabalharia diretamente para Taillon. Dois endereços relacionados a Celso foram alvo de busca e apreensão: sua residência e um escritório que representava cinco empresas de offshore, ambos localizados na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A operação, denominada “Embryo” em inglês, que significa “embrião”, refere-se à primeira milícia estruturada com atuação em uma comunidade do Rio de Janeiro. Essa ação visa combater uma ampla gama de crimes cometidos pelos milicianos, incluindo organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro. A investigação está sendo conduzida pelo Grupo de Investigações Sensíveis da Polícia Federal (Gise/RJ), pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).
A operação Embryo destaca os esforços contínuos das autoridades para combater o crime organizado e a atuação das milícias no Rio de Janeiro, buscando garantir a segurança e a legalidade nas comunidades afetadas por essas organizações criminosas.