Mural que homenageia Marielle Franco em Petrópolis é pichado
“É um ataque contra a democracia e contra os direitos humanos”, declarou a professora Lívia Miranda
Um mural que homenageia a vereadora Marielle Franco foi alvo de vandalismo em um dos pontos centrais de Petrópolis, a Praça da Liberdade, também conhecida como Praça Rui Barbosa. De acordo com o prefeito Rubens Bomtempo (PSB), a pichação, além de ser um ato de vandalismo, é um ataque aos valores democráticos e à luta pessoal de Marielle contra a desigualdade no país. O criminoso escreveu a palavra “piranha” na testa da ex-parlamentar.
— A pichação no rosto da figura de Marielle Franco é um desrespeito aos ideais de democracia, de resistência e da busca da liberdade. Independente da ideologia política de cada um, é preciso haver o respeito e entendimento das diversidades de opiniões. Marielle presente — ressaltou o prefeito Rubens Bomtempo.
O grafite de Marielle Franco foi pintado em novembro do ano passado, no Centro de Informações Turísticas (CIT) da Praça da Liberdade, dentro da programação do Mês da Consciência Negra. Assim como Marielle, outros nomes importantes foram representados nos painéis dentro das ações de valorização do povo negro e da cultura da nossa cidade.
– Essa pichação é um ato discriminatório. Afirmamos que os responsáveis por este ato de vandalismo serão identificados e responsabilizados pelos danos causados ao patrimônio público. As políticas afirmativas e o estado democrático de direito garantem os avanços necessários às vidas da população negra de todo Brasil. Nossas manifestações artísticas, culturais, filosóficas e sociais enquanto pessoas negras devem ser devidamente asseguradas e cuidadas por todo o conjunto da sociedade brasileira – manifestou o coordenador da Promoção da Igualdade Racial, Filipe Graciano.
Os painéis foram pintados pelos grafiteiros Doug, Airá, o Crespo e por um grupo de artistas de uma oficina de grafite realizada no Centro de Cultura Raul de Leoni, também como parte da programação do Mês da Consciência Negra.
O ato de restauração contou com a presença da Secretária de Cultura de Petrópolis, Diana Iliescu, e de militantes dos movimentos sociais, como a professora Lívia Miranda do SEPE, além de representantes da mandata da deputada estadual Dani Balbi (PCdoB). “É um ataque contra a democracia e contra os direitos humanos”, declarou Lívia Miranda.