Morte em show: laudo revela exaustão térmica de fã de Taylor Swift
O laudo de necropsia da universitária Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, apontou exaustão térmica causada por calor extremo como a causa da morte após ela passar mal durante um show de Taylor Swift no Rio de Janeiro. O evento, realizado em 17 de novembro no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, foi marcado por temperaturas acima de 40ºC. Ana Clara sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a apresentação e, apesar dos esforços de socorro, não sobreviveu.
O perito concluiu que Ana Clara foi vítima de uma série de fatores agravados pelas condições ambientais: exposição a calor extremo, choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, culminando em hemorragia alveolar e congestão polivisceral. O relatório indicou que a jovem não havia consumido álcool ou drogas e que não possuía doenças preexistentes.
O incidente gerou críticas à organização do evento, principalmente devido à proibição de garrafas d’água e à escassez de água oferecida aos fãs durante o show. A própria Taylor Swift interrompeu a apresentação para pedir assistência aos fãs em dificuldade.
Quatro suspeitos, dois homens e duas mulheres, foram presos, acusados de envolvimento no incidente. A investigação, conduzida pela 24ª DP (Piedade), considera a possibilidade de indiciar os organizadores do evento por homicídio culposo, dependendo das medidas de segurança que foram tomadas no dia.
Ana Clara, que morava em Rondonópolis e estudava psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis, era uma grande fã de Taylor Swift e viajou para o Rio para realizar o sonho de ver a cantora ao vivo. O caso chocou amigos, familiares e a própria artista, que expressou seu pesar nas redes sociais, lamentando a perda da jovem fã.
As autoridades continuam a investigar o caso, buscando entender completamente as circunstâncias que levaram à tragédia e garantir que medidas adequadas sejam tomadas para evitar incidentes semelhantes no futuro.