Meta suspende programa de checagem de fatos nos EUA e enfrenta questionamentos da AGU no Brasil
A Meta Platforms, responsável pelo Facebook e Instagram, informou à Advocacia-Geral da União (AGU) que seu programa de checagem de fatos será temporariamente suspenso nos Estados Unidos. De acordo com a empresa, a suspensão faz parte de um período de testes destinado a aprimorar e avaliar a funcionalidade das “Notas da Comunidade” antes de considerar sua implementação em outros países.
O anúncio ocorreu após a AGU, na última sexta-feira, solicitar esclarecimentos sobre o término do programa e questionar a política da empresa que permite ofensas a grupos específicos como mulheres, imigrantes e a comunidade LGBTQIA+. A decisão da Meta é vista como um teste que busca otimizar os recursos da plataforma e melhorar a qualidade das informações verificadas.
Este movimento da Meta ocorre em um contexto de reestruturação mais ampla da empresa, que começou este mês nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, finalizou o programa de verificação de fatos, indicou Joel Kaplan, republicano, como diretor de Assuntos Globais e nomeou Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e aliado de Donald Trump, para o conselho de administração. Essas mudanças refletem um esforço para melhorar as relações da empresa com figuras políticas, incluindo Trump, que anteriormente expressou críticas severas às políticas de moderação de conteúdo da empresa e ameaçou tomar medidas legais contra Zuckerberg.
A resposta da Meta à AGU ocorre em um momento crítico, já que o governo brasileiro planeja discutir sua posição em relação às ações da empresa em uma reunião marcada para esta terça-feira. A comunidade internacional e os usuários das plataformas da Meta aguardam os resultados dessas discussões, que podem definir novos padrões de regulação e responsabilidade para as grandes empresas de tecnologia em relação à disseminação de informações.