Lula define estratégia para se aproximar dos evangélicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se mantido firme em sua decisão de não adotar estratégias direcionadas exclusivamente ao público evangélico, apesar de sugestões de ministros e de enfrentar uma baixa popularidade neste segmento.

Segundo reportagem do jornal O Globo, Lula defende que seu governo visa o benefício de todas as camadas da sociedade, enfatizando avanços nas áreas sociais e econômicas, em vez de criar políticas públicas específicas para grupos religiosos.

Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest indica que a desaprovação ao trabalho do presidente alcança 62% entre os evangélicos, superior à média de desaprovação na população geral, que é de 46%. Lula, contudo, expressa confiança de que melhorias nos indicadores econômicos serão decisivas para conquistar esse segmento.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula adotou uma postura de cautela em relação aos gestos direcionados aos evangélicos, resistindo à pressão para intensificar seu engajamento com este grupo, apesar da popularidade de seu oponente, Jair Bolsonaro, neste segmento.

Eventualmente, o presidente participou de eventos e lançou uma carta direcionada aos evangélicos, atendendo a pedidos de aliados.

Ministros que atuam como intermediários com o eleitorado evangélico têm buscado formas de engajamento, como participação em eventos em igrejas e encontros com políticos evangélicos.

Contudo, a ausência de uma estratégia política detalhada e a resistência do Planalto em avançar com políticas voltadas especificamente para este grupo indicam um desafio contínuo.

Existe uma preocupação entre os ministros de que a abordagem atual possa fortalecer narrativas que acusam o governo de negligenciar os interesses dos evangélicos, potencialmente aumentando a rejeição neste segmento.