Justiça do Rio autoriza transferência de Zinho para presídio federal
A 2ª Vara Criminal da Capital autorizou a transferência de Luís Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, chefe da principal milícia da Zona Oeste do Rio de Janeiro, para uma penitenciária federal fora do estado, conforme reportagem de Vera Araújo, no Globo.
A decisão atende ao pedido da promotora de Justiça Simone Sibilio, que destacou a periculosidade do miliciano e a relevância de sua cooperação para o esclarecimento de crimes em investigações sigilosas. Por tais razões, enfatizou-se a necessidade de sua realocação para uma instalação de segurança máxima em outro estado.
Zinho se entregou à Superintendência da Polícia Federal do Rio na véspera do Natal do ano passado, após um acordo negociado pela Secretaria de Segurança Pública com o delegado responsável por sua investigação.
Ele é considerado uma figura chave não apenas no domínio miliciano em áreas como Santa Cruz, Nova Iguaçu e Itaguaí, mas também por possuir informações vitais sobre alegadas conexões entre políticos e o grupo paramilitar.
Dentre os políticos investigados por suposta associação com a milícia está a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), que foi temporariamente afastada da Assembleia Legislativa do Rio.
Lucinha, que foi investigada em dezembro de 2018 pelo Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal por suposta colaboração com a organização criminosa liderada por Zinho e seus irmãos, nega qualquer envolvimento.
Atualmente detido no presídio Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Complexo de Gericinó, Zinho será transferido sob escolta da Secretaria de Administração Penitenciária e da Polícia Federal para uma unidade federal, cuja localização e data de transferência permanecem em sigilo.
Com 12 mandados de prisão pendentes e procurado pela polícia desde 2018, Zinho é suspeito de ordenar o assassinato do ex-policial civil Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, fundador da milícia conhecida como “Liga da Justiça” na Zona Oeste.
