Inquérito sobre morte ligada à milícia encontrado na mansão de Zinho

Agentes descobriram uma cópia de um inquérito policial ainda em curso, investigando o assassinato de um ex-policial militar, durante uma busca na mansão de Luís Antônio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, líder da maior milícia do Rio. A investigação, relacionada a um crime de 2017, foi inicialmente enviada ao Ministério Público e, recentemente, retornou à Delegacia de Homicídios com um pedido de novas diligências.

Este documento, encontrado na residência avaliada em R$ 1,7 milhão de Zinho, está ligado à morte do ex-PM Wenderson Oliveira Rocha, também conhecido como “Sombra”. Acredita-se que Wenderson estava cotado para liderar a milícia após a morte de Carlinhos Três Pontes, que era irmão e antecessor de Ecko, irmão de Zinho, na liderança do grupo.

Zinho, que era uma figura-chave na gestão financeira da organização criminosa, assumiu o controle da milícia após a morte de Ecko em 2021. Sua prisão ocorreu após uma série de operações da Polícia Federal e do Ministério Público, e ele se entregou às autoridades no fim de 2021.

A morte de “Sombra” aconteceu em circunstâncias suspeitas, com ele sendo baleado várias vezes na cabeça por um indivíduo que supostamente tinha ligações com Ecko. A investigação sobre esse assassinato revela a complexa rede de alianças e conflitos dentro da estrutura da milícia, com lideranças sendo constantemente desafiadas e substituídas.

Este caso e a descoberta do inquérito na propriedade de Zinho lançam luz sobre a extensa influência e o domínio das milícias na região do Rio de Janeiro, onde estima-se que milhões de pessoas vivem em áreas controladas por esses grupos. As autoridades continuam a investigar e a desmantelar essas organizações, buscando justiça para as vítimas de seus numerosos crimes.