Haddad, Dino ou Boulos: quem será o candidato à sucessão de Lula em 2030?

Com Lula ainda no centro da política nacional, os nomes de Fernando Haddad, Flávio Dino e Guilherme Boulos despontam como possíveis herdeiros do projeto petista para 2030, caso o presidente seja reeleito em 2026.

Mesmo ainda distante, a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva em 2030 já desperta especulações dentro e fora do campo progressista. Caso o presidente seja reeleito em 2026, o debate sobre quem poderá representar o projeto político do atual governo na eleição seguinte tende a ganhar força. Entre os nomes mais citados estão o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, e o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.

Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e ex-ministro da Justiça, foi indicado por Lula ao STF em 2024, o que o afastou momentaneamente da disputa política direta, mas não de sua relevância no cenário nacional. Com forte perfil jurídico e trajetória de esquerda moderada, Dino é visto como figura de consenso entre setores do PT, PCdoB e PSB, capaz de dialogar tanto com a base popular quanto com o centro político.

Fernando Haddad, um dos nomes mais próximos de Lula, ganhou destaque pela condução da política econômica em meio aos desafios fiscais e às pressões do mercado. Sua gestão entregou o nível mais baixo da série histórica da inflação no período do Plano Real. Sua trajetória como ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação o credencia como herdeiro natural do projeto petista. No entanto, a disputa interna no campo da esquerda deve incluir também Guilherme Boulos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência e liderança do PSOL, que representa uma geração mais jovem e militante, com forte apelo junto aos movimentos sociais e à juventude urbana.

A definição sobre quem poderá ser o sucessor de Lula dependerá, em grande medida, do sucesso do governo até 2026 e da capacidade de articulação entre os partidos da base. Caso Lula conquiste um novo mandato, a disputa de 2030 promete ser marcada tanto pela continuidade de seu legado quanto pela renovação das lideranças progressistas no Brasil.

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