Haddad anuncia bloqueio de mais de 2.000 sites de apostas não autorizados

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou nesta quinta-feira que cerca de 2.040 sites de apostas não autorizados serão desativados a partir de amanhã, conforme legislação recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.

Haddad fez um apelo aos usuários dessas plataformas para que resgatem seus fundos o mais breve possível, destacando que, após o bloqueio, o processo de recuperação dos valores se tornará mais complicado.

“Quem não está regular nem em processo de regularização sai do ar amanhã. São pouco mais de 2.040 endereços eletrônicos”, afirmou Haddad durante coletiva de imprensa.

Ele acrescentou que o prazo para a retirada dos sites do ar não será prorrogado devido a limitações técnicas.

Regis Dudena, Secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, reforçou que a responsabilidade pela devolução dos valores depositados é das plataformas e aconselhou os usuários que não conseguirem recuperar seu dinheiro a buscar auxílio junto aos órgãos de defesa do consumidor e de segurança pública.

Além das ações imediatas, o Ministro Haddad mencionou que o governo planeja expandir as restrições aos meios de pagamento utilizados para transações em sites de apostas, incluindo possíveis bloqueios de cartões de benefícios sociais como o Bolsa Família e bolsas de estudo.

“Seja o cartão do Bolsa Família, seja o cartão de bolsa de estudos, seja qual for, nós temos condição de bloquear a utilização imediatamente”, declarou.

Haddad também salientou a cooperação com empresas de tecnologia e veículos de mídia para limitar a publicidade de sites irregulares, uma medida que visa reduzir o acesso a essas plataformas.

“As empresas, as big-techs, e as emissoras, e as concessionárias de serviço público, jornais e revistas não farão a publicidade dessas bets, então é muito difícil acessar o apostador com um novo endereço”, explicou o Ministro.

De acordo com informações de Regis Dudena, a Confederação Brasileira de Futebol já notificou os clubes de que apenas plataformas autorizadas poderão patrocinar os times, reforçando o controle sobre as atividades de apostas no país.

Ambos os funcionários reconheceram a dificuldade de obter dados precisos sobre apostas em sites irregulares, mas estimam que a maioria dos apostadores já utilizava empresas regulamentadas, sugerindo que os valores envolvidos nos sites não autorizados são relativamente baixos em comparação.

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