Guilherme Boulos ganha terreno entre jovens eleitores em São Paulo, mostra Datafolha

Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (24), revela uma mudança significativa na preferência dos eleitores mais jovens de São Paulo no contexto das eleições municipais.

Guilherme Boulos (Psol) conseguiu reverter uma desvantagem anterior, posicionando-se agora 7 pontos percentuais à frente do atual prefeito e concorrente no segundo turno, Ricardo Nunes (MDB), entre os eleitores de 16 a 24 anos.

Boulos registra 40% das intenções de voto contra 33% de Nunes, superando uma desvantagem inicial de 15 pontos em apenas duas semanas.

A disputa também se acirra na faixa etária de 25 a 34 anos, onde a vantagem anterior de 20 pontos de Nunes se dissolveu, resultando em um empate técnico.

A pesquisa sugere que as promessas de empreendedorismo e a postura marcante de Boulos têm ressonância particular entre o eleitorado jovem, que foi parcialmente capturado pelo ex-candidato de extrema-direita Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno.

Apesar desses ganhos, Boulos ainda enfrenta desafios significativos para conquistar os eleitores que preferiram Marçal no primeiro turno.

Atualmente, 74% desses eleitores apoiam Nunes, enquanto apenas 11% se voltaram para Boulos, uma diferença que, embora tenha sido reduzida desde o pico de 80 pontos, ainda representa uma grande barreira.

Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, a vantagem de Nunes diminuiu de 27 para 17 pontos percentuais, estabelecendo-se em 48% a 31% a favor do emedebista.

No cenário geral da corrida eleitoral, Nunes lidera com 49% das intenções de voto totais, comparado a 35% para Boulos.

A pesquisa ainda apontou que 14% dos entrevistados pretendem votar em branco ou nulo, enquanto os indecisos somam apenas 2%.

Quando considerados apenas os votos válidos — excluindo brancos, nulos e indecisos —, Nunes aparece com 58%, contra 42% de Boulos.

Este levantamento do Datafolha ilumina a dinâmica fluida e altamente competitiva da disputa pela prefeitura de São Paulo, destacando a influência das promessas políticas sobre as várias faixas etárias e classes econômicas.