Governo Lula mantém nível de emprego em janeiro e aumenta a renda dos trabalhadores
A taxa de desemprego no Brasil permaneceu estável em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024, mantendo o mesmo percentual observado no trimestre anterior que terminou em outubro de 2023.
Este resultado representa uma queda em relação aos 8,4% registrados no mesmo período do ano anterior, conforme revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 29.
O índice ficou abaixo das expectativas de analistas, que previam uma taxa de 7,8% segundo pesquisa da Reuters.
O mercado de trabalho brasileiro, que vem apresentando sinais de recuperação desde os impactos da pandemia, surpreendeu com um leve aumento na taxa de desemprego comparado ao último trimestre de 2023, que fechou em 7,4%.
Apesar da expectativa de uma desaceleração econômica ao longo do ano, especialistas preveem que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos por algum tempo, sustentando o consumo das famílias.
Contudo, esse aquecimento do mercado de trabalho gera preocupações com a inflação, especialmente nos serviços.
No trimestre analisado, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.078, marcando um aumento de 1,6% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% em comparação anual.
O número de desempregados apresentou um leve aumento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, totalizando 8,292 milhões de pessoas, mas observou-se uma redução de 7,8% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O total de ocupados cresceu 0,4%, alcançando 100,593 milhões de pessoas, um aumento de 2,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os setores que mais contribuíram para essa variação positiva foram Transporte, armazenagem e correio; Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas; e Outros serviços.
O IBGE destaca a estabilidade tanto na taxa de desemprego quanto no contingente de desocupados, atribuindo-a à sazonalidade característica do mercado de trabalho, com expectativas de redução do desemprego no final do ano e aumento nos primeiros meses do subsequente.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou 37,950 milhões, apresentando um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
Por outro lado, os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado registraram um aumento de 1,0%, totalizando 13,443 milhões.