Estado do Rio registra aumento recorde de queimadas em 2024
Desde o início de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 760 focos de queimadas no estado do Rio de Janeiro, o maior número desde 2017.
Esse total ainda pode aumentar, já que os meses de setembro e outubro historicamente apresentam altos índices de incêndios florestais. Somente em setembro, já foram identificados 55 focos de incêndio, um número recorde para o mês desde 2010.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro alertou há duas semanas sobre o aumento das queimadas, informando que até aquele momento houve 6.178 ocorrências a mais que no ano anterior, um crescimento de cerca de 85%. Entre os municípios mais afetados estão Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias.
A alta incidência de queimadas tem gerado preocupações com a qualidade do ar. Imagens de paisagens encobertas por fumaça em cidades como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte viralizaram nas redes sociais, evidenciando o impacto ambiental e de saúde pública.
Segundo especialistas, a seca prolongada contribui para a vulnerabilidade dos ecossistemas, mas há também indícios de que muitas queimadas tenham origem criminosa. Investigações foram abertas em várias regiões, e prisões já foram realizadas nos estados de São Paulo e Goiás.
No estado do Rio de Janeiro, a qualidade do ar apresentou melhora, segundo o boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que registrou condições “boas” em 28 das 57 estações monitoradas. No entanto, em locais como Manguinhos (capital), Casa da Lua (Resende) e Engenheiro Pedreira (Japeri), a qualidade do ar foi classificada como “ruim”, com recomendações para que a população evite atividades físicas ao ar livre e aumente a ingestão de líquidos.
O Ministério da Saúde orienta o uso de máscaras em áreas afetadas pela fumaça e sugere que a população permaneça em ambientes com ar-condicionado ou purificadores de ar para reduzir a exposição às partículas nocivas. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas estão entre os grupos mais vulneráveis.