Empresa que comprou futebol do Vasco enfrenta problemas dentro e fora do campo
777 Partners não tem tido bons resultados no Campeonato Brasileiro. E, agora, denúncias de má gestão no mundo inteiro repercutem na mídia
Em 2023, a torcida vascaína pretendia dar um basta na sequencia de derrotas dos últimos anos, muitas delas sofridas na Série B do Campeonato Brasileiro. O fato da gestão do futebol do clube ter sido vendida para uma empresa americana, a 777 Partners, contribuiu para essa ilusão. A realidade, no entanto, não tem sido bem essa.
Ocupando a penúltima posição no Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama não tem demonstrado os resultados esperados por sua torcida. Com a saída de Andrey, a torcida cobra a contratação de um volante de ponta para jogar ao lado de Marlon e Jair. Já no ataque, Pedro Raul ainda não mostrou seu futebol do ano passado. Por essa razão, a torcida também tem pedido a contratação de um meia atacante de grife para jogar ao lado do jovem Gabriel Pec. Os torcedores não perdoam a 777 Partners por ter deixado o cria Paulinho ir para o Atlético-MG.
Mas os problemas não estão apenas dentro de campo. Na última segunda-feira (03/07), denúncias envolvendo a gestão da 777 Partners tomaram conta da imprensa. Uma reportagem publicada num site norueguês trouxe diversas denúncias sobre os negócios da empresa em todo o mundo.
– Todos os negócios deles dão prejuízo. Esporte, aviação. E quem vai ficar com esse prejuízo? Os parceiros de joint venture. A empresa diz que se financia, mas eles não podem ter tanto dinheiro quanto dizem, simplesmente não é possível. Eles não precisam de muito dinheiro, o que eles fazem é movimentar o dinheiro de um lado para o outro, é sempre o mesmo dinheiro.
Nos corredores de São Januário, alguns sócios já estão discutindo abertamente formas de romper o contrato do clube com a 777.
Nesta terça-feira (04/07), a empresa americana precisou publicar nota esclarecendo a reportagem:
“As acusações pessoais relativas a Josh Wander não são apenas imprecisas, mas também de natureza difamatória. Josh nunca deixou de abordar áreas de seu passado que ocorreram décadas atrás e dedicou uma vida inteira de trabalho para retificar essas percepções, com a 777 Partners servindo como testemunho desses esforços, reforçando um portfólio de 60 empresas e 3.000 funcionários em todo o mundo”.
Seja como for, se novas contratações não vierem e bons resultados no Campeonato Brasileiro não aparecerem, a torcida vascaína não terá dúvidas de que a privatização do futebol do clube foi um péssimo negócio.