Embaixada da Hungria demite funcionários brasileiros após vazamento das imagens da fuga de Bolsonaro

A Embaixada da Hungria no Brasil demitiu pelo menos dois funcionários brasileiros devido ao vazamento de imagens que registraram a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro nas instalações da embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro.

Segundo reportagem da CNN, os funcionários demitidos tinham acesso à central de monitoramento em tempo real da embaixada, embora não haja comprovação direta de sua participação no vazamento.

Quatro dias antes da visita à embaixada, Bolsonaro foi obrigado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a entregar seu passaporte à Polícia Federal, em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe do 8/01.

A presença de Bolsonaro na embaixada levantou questões adicionais, sendo interpretada como uma tentativa de evitar uma possível prisão preventiva.

A defesa do ex-presidente negou qualquer temor de prisão preventiva e rejeitou a especulação de que a visita tinha como objetivo solicitar asilo político.

Segundo os advogados de Bolsonaro, a estadia tinha como propósito manter contatos com autoridades húngaras, país liderado por Viktor Orbán, aliado político do ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes deu prazo para que a Procuradoria-Geral da República emitisse um parecer sobre as informações prestadas por Bolsonaro nesse caso. Até sexta-feira, 5, espera-se um posicionamento oficial sobre o assunto.

Até o momento, a Embaixada da Hungria não se manifestou sobre as demissões dos funcionários brasileiros.

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