Educadora Elen Ferreira recebe Prêmio Dandara na Alerj por atuação contra o racismo
Homenagem proposta pela deputada Dani Balbi reconhece trabalho da pedagoga na valorização da cultura negra e na formação de meninas leitoras
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu, nesta quarta-feira (5), o Prêmio Dandara à educadora e ativista Elen Ferreira, em reconhecimento à sua trajetória na luta contra o racismo e na promoção da cultura afro-brasileira. A honraria foi proposta pela deputada estadual Dani Balbi (PCdoB), autora da resolução que criou o prêmio.
Pedagoga e mestranda em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Elen Ferreira é diretora executiva da iniciativa Pretinhas Leitoras, projeto voltado ao incentivo à leitura entre meninas negras. A ação busca promover o letramento racial, fortalecer a autoestima e valorizar as identidades afro-brasileiras por meio da literatura.
Elen também atua como diretora pedagógica da Escola Por Vir, ligada à Associação Cultural Lanchonete <> Lanchonete, onde desenvolve atividades de educomunicação, formação cidadã e economia criativa voltadas a jovens e comunidades periféricas.
Ao justificar a homenagem, a deputada destacou a importância do trabalho de Elen na transformação social por meio da educação. “Elen tem transformado a educação em instrumento de libertação e autoestima para nossas crianças e jovens. Seu trabalho mostra que a arte e a educação são caminhos de resistência e de construção de um país mais justo e plural”, afirmou a parlamentar.
Prêmio celebra compromisso com igualdade racial
Criado pela Alerj, o Prêmio Dandara reconhece personalidades e instituições que se destacam na defesa da igualdade racial, no combate ao racismo estrutural e na valorização das manifestações culturais negras. Para Dani Balbi, a escolha de Elen representa o compromisso do Parlamento fluminense com as vozes que constroem o futuro por meio do conhecimento e da ancestralidade.
Durante a cerimônia, Elen Ferreira agradeceu a homenagem e dedicou o prêmio às educadoras negras que seguem atuando nas escolas e comunidades. Em suas palavras, elas “seguem ensinando que ler o mundo é também transformá-lo”.
