Deputados da Alerj comemoram decisão da Meta de encerrar verificação de fatos
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) teve reações mistas ao recente anúncio da Meta sobre a descontinuação do sistema de verificação de fatos no Facebook e Instagram.
A partir de agora, a plataforma adotará um sistema de avaliação pelos próprios usuários, similar ao modelo já utilizado no X (antigo Twitter). A empresa também suspenderá as restrições a publicações nas redes sociais.
Em um comunicado, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, declarou que as políticas anteriores de moderação e verificação de conteúdo “foram longe demais” e afirmou que a nova medida visa “restaurar a liberdade de expressão” nas plataformas.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj, Rodrigo Amorim (União), aplaudiu a decisão, criticando o antigo sistema de verificação como parcial.
“Excelente notícia! O que eram os fact-checkers? Nada menos que comitês da esquerda cassando a opinião dos conservadores, censurando quem defende a Família, a Segurança e o Trabalho. Agora isso está nas mãos da população, como já acontece no X!”, disse Amorim.
Por outro lado, a deputada Índia Armelau (PL) expressou apoio à iniciativa, porém com reservas sobre sua implementação no Brasil, levantando preocupações sobre possíveis obstáculos legais.
“Essa decisão é muito bem-vinda e deve ser celebrada por todos nós. A liberdade de expressão é um dos direitos fundamentais mais preciosos que temos. No entanto, resta saber quando esta decisão será de fato aplicada aqui no Brasil”, comentou Armelau.
O deputado Renan Jordy (PL), através de uma publicação no Instagram, descreveu as mudanças como um avanço significativo para a liberdade de expressão e mencionou uma parceria entre a Meta e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, visando proteger empresas americanas contra restrições à liberdade de expressão. “Grande dia para a liberdade, triste dia para a censura”, afirmou Jordy.
Entretanto, o deputado Sérgio Fernandes (PSD) chamou atenção para os riscos associados à desinformação resultante da ausência de verificação de fatos.
“A liberdade de expressão não pode ser interpretada de maneira ampla e irrestrita de modo a ferir o direito de outros cidadãos ou mesmo disseminar notícias falsas”, alertou Fernandes.