Delegado suspeito no Caso Marielle vai ao STF pedir que alto salário seja mantido

O delegado Giniton Lages, anteriormente encarregado da investigação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar as restrições financeiras impostas em seu salário.

A medida cautelar, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, limita o recebimento de Lages a apenas um salário mínimo mensal de R$ 1.412, enquanto persistem as investigações sobre sua conduta no caso.

Marielle Franco, ex-vereadora pelo PSOL, foi assassinada em março de 2018 por membros do crime organizado. A cena do crime, uma área central do Rio de Janeiro sem vigilância por câmeras, complicou a resolução do caso.

Os suspeitos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram detidos, apontados como os executores diretos do crime, embora as motivações e possíveis mandantes ainda estejam sob investigação.

A defesa de Lages, representada pela advogada Thalita Fontes Mesquita Acatauassú Nunes, argumenta que as restrições impostas comprometem severamente a capacidade do delegado de arcar com despesas básicas, mencionando custos como moradia, educação e saúde.

Este recurso já havia sido solicitado anteriormente, mas segundo a defesa, não foi devidamente considerado por Moraes.

Investiga-se ainda a gestão inicial das investigações por Lages, que liderou o caso no começo mas foi substituído em 2019, e o possível envolvimento de figuras políticas e criminosas, como o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, ambos detidos, que poderiam ter interesses contrariados pelas denúncias de Marielle contra exploração imobiliária ilegal.

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