Clãs familiares se preparam para eleição em Campos dos Goytacazes
Família Garotinho buscará a reeleição de Wladimir em 2024; famílias Vianna e Bacellar também se preparam para a disputa
A eleição do ano que vem para a prefeitura de Campos dos Goytacazes, principal cidade do norte fluminense, será mais uma vez disputada por grupos familiares. Garotinho, Vianna e Bacellar são alguns dos clãs que orientam a política na cidade.
O atual prefeito, Wladimir Garotinho, buscará sua reeleição. Filho dos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, e irmão da ex-deputada federal Clarissa, Wladimir é o nome mais forte para a disputa. Resta apenas saber com qual legenda o mais jovem político da família irá para o embate.
Como alternativas ao projeto de Wladimir, dois nomes aparecem com maior força: o deputado federal Caio Vianna (PSD), filho do ex-prefeito Arnaldo Viana; e o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Marquinho Bacellar (Solidariedade), que é irmão do poderoso presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar (PL). Correndo por fora, o deputado estadual Thiago Rangel também tem sido ventilado.
Oposição de esquerda
Mas nem só de clãs familiares vive a política de Campos. Pela esquerda, o PT estuda lançar à prefeitura o reitor do IFF, Jefferson Manhães de Azevedo.
Em recente evento organizado pelo PCdoB de Campos, Jefferson alfinetou os candidatos do campo conservador.
— “Ninguém vai definir a cidade que queremos, além de nós mesmos. A Campos do futuro não é de uma pessoa ou de uma família, é de todos”, disse o reitor do IFF.
Anfitrião do evento que recebeu Jefferson, o PCdoB na cidade é presidido pelo jovem e habilidoso Maycon Maciel.
Outra possível candidata de esquerda é Natália Soares do PSOL. A professora já foi o nome do partido à prefeitura da cidade em 2020.
Para o PT, no entanto, a melhor configuração seria uma chapa unificada de esquerda que incluísse ao lados dos petistas PCdoB, PV, REDE, PSOL e PSB. Nesse cenário, Natalia Soares seria um nome forte para a Câmara de Vereadores.
Com menos ênfase, também tem sido lembrado o sindicalista petista José Maria Rangel.