Caso Marielle: Rivaldo Barbosa envia carta ao STF e acusa Ronnie Lessa de mentir

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, enviou um bilhete ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em que acusa o ex-policial militar Ronnie Lessa de mentir e nega qualquer ligação com o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), Domingos Brazão, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Barbosa foi preso sob a suspeita de ter atuado para proteger os mandantes dos homicídios da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018 no centro do Rio de Janeiro.

Segundo o jornal O Globo, Barbosa escreveu: “Aos exmos ministros, eu nunca falei com esses outros denunciados. O inquérito 901/00266/19 possui provas técnicas da mentira do assassino da vereadora Marielle e do motorista Anderson. No STJ, há uma decisão de que eu não participei das investigações.”

O delegado acusou Ronnie Lessa de mentir ao envolvê-lo no crime. Lessa, réu confesso, foi identificado como o autor dos disparos que mataram Marielle Franco em 2018. Além de Lessa, o miliciano Élcio Queiroz também foi preso, acusado de dirigir o carro de onde partiram os tiros.

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram presos após serem apontados como os mandantes do crime. A investigação sugere que um dos motivos para o assassinato foram as denúncias de Marielle Franco sobre a exploração imobiliária ilegal em áreas periféricas do Rio, contrariando interesses do deputado e do conselheiro do TCE-RJ.

Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão são réus no STF por homicídio consumado, homicídio tentado e organização criminosa. As acusações contra eles foram feitas por Ronnie Lessa.

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