Bolsonaro e aliados devem jogar a ‘bucha’ do golpe no colo de Braga Netto
No depoimento agendado para esta quinta-feira, 22, à Polícia Federal (PF), Jair Bolsonaro (PL) pretende manter-se em silêncio, conforme relatos da colunista Andréia Sadi, do G1.
Em meio a investigações, uma tática de defesa surgiu entre seus aliados, visando direcionar as acusações de tentativas de desordem durante e após as eleições ao General Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro nas últimas eleições.
Braga Netto é apontado como influenciador direto nas decisões de Bolsonaro, sugerindo ações para contestar os resultados eleitorais.
Esta abordagem ganhou destaque após a circulação de um vídeo onde Bolsonaro é visto discutindo planos considerados antidemocráticos com ministros.
Aliados de Braga Netto tentam atenuar sua participação, argumentando que suas ações visavam apenas motivar o grupo.
A reportagem da jornalista destaca ainda que desde o início das investigações, a preocupação de Bolsonaro com a possibilidade de prisão própria ou de seus filhos tem sido evidente, levando-o a tentar desviar responsabilidades.
]Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, é retratado como peça-chave neste esquema, descrito por alguns como intermediário de informações críticas, apesar de aliados tentarem minimizar seu papel.
A Polícia Federal, contudo, apresenta evidências de que Cid desempenhava um papel ativo na circulação de propostas extremistas, atuando como elo entre Bolsonaro e setores militares.
Com a delação premiada de Cid, Bolsonaro perde uma camada de proteção, colocando-o em vigilância constante das movimentações do inquérito.
Marcelo Câmara, outro nome próximo a Bolsonaro e atualmente detido, também está sob os holofotes, com depoimento marcado para o mesmo dia. Câmara, que assumiu como assessor pessoal no término do mandato de Bolsonaro, emerge como figura importante neste contexto, evidenciando a complexidade da rede de associações em torno do ex-presidente.