Alerj promove debate sobre democracia e movimentos sociais LGBTI+ no Brasil e na Argentina

A deputada estadual Dani Balbi (PCdoB) participou, nesta terça-feira (18/11), do debate promovido pela Alerj sobre democracia e movimentos sociais LGBTI+, que reuniu parlamentares, ativistas e pesquisadores do Brasil e da Argentina para discutir conquistas, desafios e o avanço da extrema direita no Cone-Sul.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sediou, nesta terça-feira (18/11), um debate dedicado à democracia e aos movimentos sociais LGBTI+, reunindo parlamentares, lideranças, ativistas e pesquisadores do Brasil e da Argentina. O encontro, realizado no auditório da Casa, teve como foco as perspectivas, conquistas e desafios enfrentados pelos dois países no atual cenário político da região.

A deputada estadual Dani Balbi (PCdoB) destacou que a conjuntura internacional tem imposto retrocessos a direitos historicamente construídos pela comunidade LGBTI+. Para ela, esse avanço de forças reacionárias exige respostas articuladas. “Nos últimos anos, estamos passando por retrocessos que são globais. Então é importante, nesse momento, que nós entendamos que essa agenda é internacional, e precisamos concentrar os esforços contra agentes reacionários e conservadores. Enquanto políticos, temos que construir medidas legislativas que dificultem a retirada de direitos”, afirmou.

Com o tema “O enfrentamento à extrema direita no Cone-Sul”, a conferência de abertura contou com a participação do professor James Naylor Green, da Brown University (EUA), referência nos estudos sobre gênero, sexualidade e direitos humanos na América Latina. Em sua exposição, Green ressaltou que tanto Brasil quanto Argentina possuem papéis centrais nas conquistas históricas da comunidade LGBTI+. “A Argentina sempre será uma vanguarda nesse sentido. Hoje, temos uma situação muito preocupante, de polarização internacional. Como estratégias para combater a extrema direita, em 2026, vamos apoiar internacionalmente o processo democrático”, afirmou.

O evento reafirmou a importância da cooperação entre países do Cone-Sul, sobretudo diante do crescimento da extrema direita e das ameaças à garantia de direitos civis. Ao longo das discussões, participantes reforçaram a necessidade de fortalecer a incidência política e legislativa, ampliar redes de solidariedade e avançar em políticas públicas que promovam igualdade e proteção à comunidade LGBTI+.

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