Exportaçoes de soja do Brasil para os EUA explodem em janeiro
Três navios cargueiros estão se preparando nos portos do Norte do Brasil para exportar soja para os Estados Unidos, marcando um movimento não habitual entre o maior exportador global de soja, o Brasil, e os Estados Unidos, que ocupam a segunda posição tanto em produção quanto em exportação. Essa operação seria a primeira do gênero desde o último ano, de acordo com registros oficiais.
No ano de 2023, o Brasil, beneficiando-se de uma safra recorde, ampliou significativamente suas exportações de soja para os Estados Unidos, saltando de 4 mil toneladas em 2022 para 420 mil toneladas.
Para 2024, as exportações brasileiras de soja para os EUA já ultrapassam 100 mil toneladas, conforme informado por agências marítimas.
A Bolsa de Chicago registrou uma baixa de três anos nos preços futuros da soja, influenciada tanto pela redução das exportações estadunidenses quanto pela notícia das compras americanas de soja brasileira.
A analista da AgRural, Daniele Siqueira, destacou a Reuters que a diferença de preço de cerca de 50 dólares por tonelada entre o Brasil e os EUA justifica economicamente essas importações, considerando os custos logísticos envolvidos.
“Como o Brasil está com preços bastante baixos, temos uma diferença de cerca de 50 dólares por tonelada entre os preços FOB porto aqui e lá nos EUA. Isso mais do que cobre o custo logístico de colocar soja brasileira nos EUA”, explicou.
Os navios Yasa Mimosa e Ubc Tilbury estão ancorados próximos aos portos de Santarém (PA) e Itacoatiara (AM), respectivamente, aguardando para carregar cerca de 35.000 toneladas métricas de soja cada.
Um terceiro navio, o Kian, tem previsão de chegada a Itacoatiara na próxima semana para carregar aproximadamente 34.000 toneladas de soja. A Perdue Foods, empresa do setor de carne de aves, é a afretadora dos três navios, mas não comentou sobre os embarques.
Com informações da Reuters