EUA cogitam ações militares em resposta a ataque fatal na fronteira com o Irã
Após a fatalidade de três soldados norte-americanos em um ataque ocorrido próximo à fronteira entre a Jordânia e a Síria, os Estados Unidos estão analisando a possibilidade de empreender uma operação sigilosa.
De acordo com a agência de notícias Bloomberg, uma das considerações em pauta envolve a realização de uma operação secreta na qual os EUA poderiam atacar o Irã sem admitir oficialmente a autoria, porém transmitindo uma mensagem inequívoca.
Adicionalmente, não está descartada a alternativa de uma resposta direta dos EUA, que poderia incluir ataques a figuras de alto escalão do governo iraniano, em um cenário semelhante ao ocorrido por ordens do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, quando o general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), foi alvo de um ataque com drone nas proximidades do Aeroporto Internacional de Bagdá em 2020.
A resposta do presidente dos EUA, Joe Biden, ao ataque à base situada próxima à fronteira Jordânia-Síria desempenhará um papel fundamental em sua administração.
Caso opte por “sancionar” os responsáveis pelo ataque, isso poderá resultar no envolvimento direto dos Estados Unidos com a liderança iraniana.
Há controvérsia quanto à localização precisa da base norte-americana atacada, visto que autoridades dos EUA afirmam que o alvo foi a Torre 22 na Jordânia, descrita pela mídia dos EUA como um “pequeno posto avançado dos EUA” no nordeste do país.
Entretanto, o porta-voz do governo jordaniano, Muhannad al Mubaidin, declarou a uma emissora de TV local que, na realidade, o ataque ocorreu contra a base de Al-Tanf, que abriga uma considerável presença militar dos EUA na Síria.