Lindbergh Farias defende Lula e critica neoliberalismo em debate

Durante um debate no Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) reforçou sua visão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva como comprometido com o desenvolvimento econômico e social, destacando um distanciamento das políticas neoliberais anteriores.

Em sua intervenção, Lindbergh respondeu a críticas de figuras como o historiador Jones Manoel, enfatizando avanços significativos na renda dos trabalhadores e na redução da fome no Brasil.

Lindbergh elogiou as medidas adotadas pelo governo atual, especialmente na gestão da Petrobras e no ajuste do salário mínimo. “Lula é um desenvolvimentista. Estamos tentando tirar o Brasil do neoliberalismo.

Olha a Petrobras, agora tomando outro rumo. Veja o aumento real do salário mínimo”, afirmou o deputado, mencionando que, no primeiro ano do novo governo, os 5% mais pobres tiveram um aumento de 38% em sua renda.

Além disso, o parlamentar apontou uma redução significativa na fome extrema, com o número de brasileiros severamente afetados caindo de 33 milhões para 8 milhões.

No entanto, Lindbergh também destacou desafios persistentes, como a autonomia do Banco Central, que ele considera uma relíquia das políticas neoliberais que limita o poder estatal.

“Você tem um Banco Central autônomo, isso é parte do neoliberalismo. Tirar do Estado a soberania popular é o que está em jogo.”

A discussão ocorreu em um contexto de debates intensos sobre as políticas econômicas do governo Lula, especialmente à luz das estratégias para a próxima campanha eleitoral em 2026, quando Lula deve buscar a reeleição.

O deputado também criticou a política fiscal atual, especialmente o novo teto de gastos, que, segundo ele, pode prejudicar setores vitais como saúde e educação.

Ao concluir sua participação, Lindbergh fez um chamado para uma maior mobilização popular contra as políticas da extrema-direita e a influência do capital sobre a democracia. “Nós temos que disputar com a extrema-direita, apresentar nossos valores e mobilizar o povo.

O capital não quer a democracia, quer impor seu projeto. E nós precisamos falar forte sobre isso,” destacou, reforçando a necessidade de uma resistência ativa às tentativas de desmonte dos direitos sociais e econômicos no país.