Procurador-Geral da República alerta para expansão do crime organizado e defende cooperação internacional

Durante o Fórum Esfera, realizado neste sábado em Roma, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou o avanço do crime organizado no cenário global, alertando para sua crescente natureza transnacional.

Gonet sublinhou a necessidade de uma resposta coordenada entre os países para enfrentar essa ameaça. “Hoje, o crime internacional é transnacional e a solução precisa ser concertada entre as nações”, afirmou, defendendo a cooperação internacional como chave para o combate às redes criminosas que operam além das fronteiras nacionais.

O procurador-geral também destacou um clima positivo nas instituições brasileiras, apontando a colaboração entre os órgãos do sistema de justiça como um fator fundamental para enfrentar o crime organizado no país.

“Estamos num momento de extrema felicidade institucional no Brasil. Há muita sinergia entre todas as instituições”, declarou Gonet, ressaltando a importância da união de esforços entre os diferentes poderes.

A Transnacionalidade do Crime Organizado

O crime organizado, historicamente caracterizado por atividades ilícitas estruturadas e hierárquicas, como tráfico de drogas, armas, contrabando e lavagem de dinheiro, tem evoluído nas últimas décadas, ampliando sua atuação para além das fronteiras nacionais.

Hoje, a principal característica do crime organizado é sua capacidade de operar em diversos países simultaneamente, explorando as diferenças legais e econômicas entre os Estados para movimentar drogas, armas, dinheiro e até pessoas de maneira clandestina.

As redes de narcotráfico e tráfico de seres humanos são exemplos evidentes dessa dimensão transnacional, onde grupos criminosos atuam globalmente para manter suas operações lucrativas.

A interconexão desses grupos em diferentes regiões do mundo dificulta a ação isolada dos governos, o que torna essencial a cooperação internacional para combatê-los de forma eficaz.

Necessidade de Cooperação Global

Em sua fala, Paulo Gonet reforçou que a única maneira de enfrentar o crime organizado transnacional é por meio de uma mobilização conjunta entre os países.

Ele alertou que, sem uma colaboração estreita entre governos e instituições judiciais, as organizações criminosas encontram brechas para expandir suas atividades, explorando as falhas nos sistemas de justiça e segurança de diferentes nações.

A cooperação global, segundo Gonet, é uma ferramenta indispensável para o enfrentamento dessas ameaças, garantindo que o combate ao crime seja efetivo e coordenado.